AS BORBOLETAS...

Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.

Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.

Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.

O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.

Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Mentira da Felicidade




Um observador americano, Mark Tawain trouxe à tona um tema bastante polêmico: a mentira. E ele  diz que enganar é fundamental para a condição humana, que todos mentem todo dia, acordado, dormindo, em sonhos. E que ainda que a boca permaneça calada, nosso corpo, mãos, pés, olhos e atitude transmitem essas mentiras.

Segundo ele, a verdade crua nos incomoda e podemos encontrar certo consolo ao pensar que não somos a única espécie a explorar a mentira. Plantas e animais comunicam-se entre si por sons, rituais exibicionistas, cores, aromas e outros métodos . Quanto mais é aprendido sobre as espécies, mais claro fica o quanto se esforçam para enviar mensagens imprecisas....

Por isso, alguns estudiosos falam da "Mentira da Felicidade". É a mentira que contamos a nós mesmos para manter a saúde mental. Diversos estudos indicam que pessoas com depressão moderada moderada na realidade enganam menos a si mesmas que aquelas ditas normais.

Os depressivos julgam as atitudes das outras pessoas em relação a eles com maior exatidão que os não-depressivos. Essa habilidade degenera à medida que os sintomas psicológicos da depressão melhoram em resposta ao tratamento.

Talvez a saúde mental repouse no auto-engano, dizem os estudiosos. E ficar deprimido resulte de uma falha na habilidade de enganar a si mesmo. Afinal, todos vamos morrer, todos os nossos entes queridos vão morrer, e grande parte do mundo vive em miséria absoluta.

E a pergunta é: Pode-se ser feliz diante desse cenário?

Por isso tantos se apegam aos sonhos e idealizações de futuro, sem querer saber, de verdade, se eles existirão ou não.

É uma forma de se manter feliz e animado com o futuro que, sem mentira, fica difícil de encarar.

E assim devemos viver o presente. Este sim existe. E procurar, na medida do possível, usufruir das belezas que aparecem para nós. Vivermos os relacionamentos de forma que a vida faça sentido. Cantar e dançar por ai, deixando que as sensações de leveza nos invadam e nos tragam um pouco de felicidade.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rigidez


Somos muito mutantes para sermos tão rígidos no dia a dia. Nossa natureza é volátil. Nossos temperamentos, gostos, rostos, pele, idade.. tudo muda.
Por isso não podemos ser rígidos a ponto de perdermos a oportunidade de usufruir da vida com mais leveza, alegria, criatividade e espontaneidade.
Nossas escolhas devem ser responsáveis, porém com dose de alegria, de
desafio, de improviso.. por que não?
A vida é muito curta para vivermos de uma só forma....
Precisamos ousar mais, e aproveitar cada dia, cada experiência saboreando as caminhadas, permitindo que as mudanças não nos aprisionem num mar de ansiedades....

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Amor e Paixão: Antagonismos possíveis?



Somos seres antagônicos. 

Nossos desejos rebelam-se contra nossos paradigmas arraigados desde muito tempo,nos levando a escolher entre o amor ou a paixão. Acredito no amor, e o busco nas minhas relações. Penso que ele é a base de uma vida que vale à pena em todos os sentidos que isso possa ter. 

Dentro da relação conjugal não poderia ser diferente. Amor significa muitas coisas, depende das percepções e necessidades individuais e subjetivas. Portanto, não há apenas um significado para esse sentimento tão amplo. São diversos, e cada significado pode ser desdobrado em vários outros. Quanto se trata de relações conjugais e amorosas, a coisa também não é tão simples. 

Os sentimentos, atitudes, necessidades e desejos duelam, muitas vezes entre si. Quando amo alguém, isto não significa que vou me dar bem com ele na cama. Não significa que o sexo vai ser extraordinário, como é o sentimento dos dois. O desejo e a eroticidade não caminham por traçados lineares, e nem seguem regras estabelecidas dentro de um acordo entre parceiros. O desejo é livre e busca impulsos vitais, energia, sedução, descobrimentos, sensações, imprevisibilidade e até um pouco de insegurança, que apimenta a sua intensidade. Ao mesmo tempo, nós seres humanos temos necessidade de segurança, estabilidade, proteção... o que é conseguido através de uma certa previsibilidade. Então, temos desejos e necessidades bem duplas, puxando para lados opostos. 

Como isto é possível? Nossas necessidades de permanência, confiabilidade, estabilidade e continuidade vão de encontro ao nosso desejo de diversidade, exploração do desconhecido, paixão e novidade. Todos esses sentimentos fazem parte da mesma pessoa, e precisam ser entendidos como partes de antagonismos. E o questionamento é se ambos conseguem conviver dentro do mesmo ser. 

Penso que não é necessário matar um lado, para que o outro sobreviva. O desafio é conciliar a necessidade de segurança e previsibilidade com o desejo de buscar o que é empolgante, misterioso e espetacular. Por não se darem conta desse desafio, muitos casais abrem mão da paixão e da eroticidade para viver o sonho da estabilidade e do conforto do amor numa relação estável e se acomodam com seu efeito diminuidor sobre a vida erótica. Por isso, muitos se conformam que as coisas caminham necessariamente para o ponto onde ambos se acostumarão com o tédio sexual dentro de um casamento, pois "as coisas são assim mesmo. É o caminho onde todos chegarão!". 

O desejo caminha passo a passo com a incerteza, com os riscos, as expectativas. Porém esses componentes não se afinam com aqueles que tentam controlar os riscos da paixão, pois faz parte de sua essência; e transformam a relação num tédio de repetição de caminhos já conhecidos, onde a energia das descobertas se desvanecem. Para evitar qualquer perigo, os casais abrem mão da paixão, e a desmerecem como um sentimento banal e passageiro, em função da durabilidade do amor. Escolhem necessariamente um ao outro. Transformando assim, suas relações em águas calmas e previsíveis. Tirando dela o enlouquecimento, a vivacidade e a empolgação do desejo e da paixão.Será que temos que optar por um ou por outro? Não será possível a paixão conviver com o amor numa relação duradoura?? A calmaria das relações é tudo o que realmente se quer? Não sinto falta de algo que me balance e me tire da serenidade vez por outra? 

Anthony Robbins diz que a paixão numa relação é proporcional ao grau de incerteza que você pode tolerar. Como então introduzir essa incerteza em nossos relacionamentos íntimos? Como criar esse suave desequilíbrio de forma a não abrirmos mão de uma vida sem paixão, sem desejo e sem eroticidade em função de um amor duradouro, que é mais importante que um sexo quente, onde a maturidade prevalece e a serenidade prepondera? 

A paixão não é somente a embriaguez da adolescencia, transitória e irrealista. E não precisamos do consolo de não a ter pela segurança do amor do outro lado da ponte. Quando trocamos um pelo outro estamos abrindo mão de vivermos intensamente um lado importante de nós mesmos, que com o passar do tempo vai deixando um buraco enorme na nossa existência. O amar, por sí só já nos leva ao risco da perda. 

A introdução da incerteza às vezes nada mais é que abrir mão da ilusão da certeza, pois quem de fato não vive uma impermanência nas relações, já que a vida é transitória? "Se quisermos continuar desejando uma pessoa, precisamos trazer um sentimento de desconhecido para um lugar familiar."( Esther Perel). 

"A verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar paisagens novas, mas em enxergar com olhos novos." (Proust) A incerteza e o mistério são traços inerentes do desejo e paixão. Nós não sabemos tudo sobre os nossos parceiros, nem precisamos saber. Somos, muitas vezes prepotentes por não enxergar que ainda há muito a ser descoberto, que não sabemos dos seus pensamentos, que não podemos prever suas atitudes e principalmente, não somos sabedores dos seus inconscientes. 

Nunca conhecemos nosso parceiro como julgamos conhecer. Muitos se surpreendem ao constatar essa verdade de uma forma, as vezes, trágica. Somos mutantes. O que sabíamos pode mudar q qualquer instante. E isto torna o contato e a relação intrigante e apetitosa, apesar do medo que isto possa causar. Quando prendemos a nós e o nosso parceiro a limitações fixas os dois lados perdem. 

Tiramos de nós e do outro a liberdade de ser, de pensar e de desejar o que realmente querem; o que leva a paixão, o desejo e a eroticidade para o buraco. A autenticidade e beleza da espontâneidade e da leveza tem outros parâmetros para se desenvolverem e procriarem, através de belezas e sensações possíveis dentro de uma relação estável, desde que abramos mão do controle, que apesar de nos trazer segurança, nos priva da energia, alegria e loucura da paixão. 

Acredito que o amor e a paixão podem conviver, mas precisamos aprender a não afogar um sentimento em função do outro. É preciso encarar o que cada um precisa para sobreviver. E há caminhos diversos e totalmente auteros na vida de cada casal. 

Como descobrir esses caminhos? Primeiramente sentindo necessidade dessa descoberta, e nos permitindo refletir sobre quem realmente somos dentro da relação, quais os nossos medos e, principalmente, desejando ardentemente viver intensamente cada momento e fase da vida a dois; sabendo que não precisamos matar lados de nós para que outro sobreviva. Desta forma, seremos capazes de buscar e de encontrar formas de viver nosso amor e paixão da melhor maneira possível.É necessário, mais que tudo, sairmos da comodidade de uma relacionamento sem graça e nos lançarmos ao aprofundamento de inquietudes que nos levarão a novas descobertas, mesmo dentro de uma relação de anos. 

Uma coisa eu acredito: É possível. Não significa que é fácil, mas isto já é um outro assunto.

quarta-feira, 27 de junho de 2012





O tempo passa... E quanto mais ele passa , mais corremos, mais sentimos que é urgente. Algo precisa ser feito. Sonhos precisam ser realizados .Metas alcançadas. Frustrações dissipadas. Medos enfrentados .
Não me conformo .Me inquieto .Me angustio. E me movo. 
Mover-se é não se deixar aprisionar. Não se deixar paralizar pelas limitações ou pelas escolhas adiadas ou mal feitas. É encarar os desafios do novo, do não sabido. E viver emoções desconhecidas ,descobrindo que ainda é possível. É acordar e se lançar numa imensidão assustadora e encontrar o seu lugar no tempo.




Somos inteiros, e como inteiros não existe essa historinha de encontrar nossa metade, que nos completará.
Somos integrais e a procura pelo outro, é uma procura por um outro inteiro. Sim, dois inteiros numa relação complementar. Unindo as forças e as fragilidades, as potencialidades e as desigualdades para, assim, se tornarem mais fortes e mais felizes.
De outra forma a relação conjugal se torna trôpega, sem força, sem mistérios de seres completos que mudam, que interagem, que crescem e se modificam através, inclusive do contato com esse outro também totalmente completo.
Assim é possível. Assim eu acredito.

domingo, 3 de junho de 2012

Tristeza

Tristeza é algo que nos invade

Com ou sem motivo
Às vezes com a intensidade de um maremoto,
Às vezes suave como um sopro ligeiro.
Vem pra nos mostrar
Que a vida nos deixou marcas
Umas que deixamos pra trás
Outras que ainda brilham no escuro.
Não preciso me esconder
De todo o meu interior
E camuflar dentro de mim
O que me causa dor
Não preciso exorcizar
Cada vez que ela vier
Eu preciso ser
Sentir e viver
E mesmo assim saber
Que isto vai passar
E amanhã será um novo dia
Cheio de coisas novas
De alegrias tamanhas
De gratidões supremas
De amor imensurável
E de tristezas
Algumas mesmas
Algumas outras
Que passarão a ser sombras
Quando o futuro chegar

Grandes escolhas

A cada dia temos que fazer escolhas, desde as mais simples às mais complexas. A roupa que vamos vestir para ir trabalhar, o perfume que combina mais conosco e com os recursos no momento da escolha... Tanta coisa: o caminho a tomar para determinado lugar, a marca do shampoo, a comida, os locais de compras, a decisão sobre permitir ou não que seu filho vá àquela festa, o sim e o não, isto ou aquilo...

Fora as mais complexas, como a escolha da profissão, do cônjuge, da cidade que vai morar, da casa que vai comprar, do terreno, dos amigos (escolher em quem confiar é uma tarefa árdua!), escolher perdoar ou não, qual a melhor atitude tomar?Milhares de milhares de escolhas se apresentam diante de nós e não nos dão o direito de não escolher, pois até uma não escolha é uma escolha.

As bifurcações em "Y" que encontramos pela vida, fazem de nós responsáveis pelas possíveis repercusssões em qualquer dos caminhos que resolvermos trilhar.

Quantas vezes eu já quis ter uma bola de cristal, "do bem", para simplesmente saber tomar a decisão certa. Todavia, essa bendita bola não existe. O que existe e está diante de nós, é um mundo de possibilidades que, todos os dias temos a chance de escolher.

Que sejamos mais sábios para escolher e avaliar as consequências dos nossos atos.

Que também avaliemos as nossas prioridades, para que quando os anos dourados forem esmorecendo, possamos olhar para trás e com um sorriso largo, percebermos que escolhemos o que realmente tinha valor na maioria das vezes, e não fomos, tomados pelo ímpeto da juventude, medíocres para deixar de lado, o que realmente tem valor na vida.


Existem coisas importantes e coisas essenciais. Essas últimas são imprescindíveis.

A família faz parte desse lado essêncial. As amizades também se encaixam desse lado. O celebrar as pequenas coisas também, o apreciar o belo, o curtir o o sol, o tomar banho de mar num dia quente de verão com as pessoas que você ama, o deleitar-se na leitura de um belo livro sob os cobertores no inverno , o ouvir as longas estórias contadas pelos seus filhos pequenos, o ouvir as inúmeras piadas que aquele alguém especial lhe contou.

Essencial também podem ser as frases rudes que ficaram aprisionadas na garganta por tanto respeito que você teve a quem lhe ofendeu; a compreensão; a viagem de férias a tanto tempo esperada; o telefonema que tomou horas do seu tempo ,daquela pessoa tão especial, que precisou de você naquele dia tão atarefado.

Que procuremos as coisas essencialmente importantes , e que elas possam estar no início da nossa lista. Sendo assim, com certeza, jamais nos arrependeremos.

Enquanto não conseguimos(nem sempre conseguimos), que continuemos tentando.

Grande abraço

Ansiedade

Um aperto no peito. A sensação de susto ao acordar. O medo de encarar o dia com tudo o que ele significa. A impaciencia por atitudes simples e corriqueiras. As respostas curtas. A falta de humor. O medo.

Medo da noite, do encontro consigo mesmo. Medo de não conseguir, de não caber tudo num mesmo dia, numa mesma fase. Medo do diferente, medo do desafio. Medo, medo, medo...

Vontade de se erguer, de levantar e reagir. Mas para onde? Em que direção? São tantas as estradas, são tantos os caminhos.

O olhar as oportunidades perdidas por desatenção, desinformação, falta de....Provoca ainda mais ansiedade. O desejo de chegar onde não se sabe também apavora.

O corpo tenso, a mente inquieta, o coração descompassado, a visão turva, a expectativa caída, numa rua qualquer, a espera de resgate.

Mutantes é o que somos!

Somo seres mutantes, no sentido literal da palavra. Nossa pele descama, nossa alma troca a textura, nossos pensamentos precisam ser reavivados, nossas perspectivas carecem de novas visões.

Nossos olhos precisa de óculos novos. A visão de outrora, embora vívida e colorida já não nos serve mais. Os óculos dependem do estilo pessoal de cada um, que também está em transformação.

Dizem que as mudanças infantis acontecem a passos gigantes, e isto é verdade. Mas pouca gente fala dos galopes das mudanças da maturidade.

Estas também acontecem de forma surpreendente, quando nos abrimos para o mundo e para as novas descobertas.

A visibilidade da mutação acontece, nesta fase, de forma diferente da infância e adolescência. A restauração não se mostra na forma externa. Não nos mostramos esteticamente mais garbosos, mais musculosos, mais altos, mais bonitos, mais atraentes.

Internamente somos capazes de ultrapassar qualquer adolescente no ápice da sua completude física. Nos sentimos mais reflexivos, mais completos, mais inteligentes até. Mais inteligentes , por descobrirmos o que faríamos se as antigas oportunidades nos brindassem com a suas presenças. Seria muito diferente!

O que importa hoje é o que temos nas mãos. E que possamos, por nos tornarmos mais profundos, ainda usufruir das mudanças e continuarmos a transformar o nosso caminho, seguindo com a intensidade do momento, mas não deixando-nos entregar a apenas sonhos do que poderíamos ser.

Sempre há o que sonhar. Somos mutantes. E sempre o seremos. Esta verdade é a chave para as novas mudanças.

Reinvenção...


"Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada."Cecília Meireles

Que a reinventemos!!!!! Ainda há muito a viver, a desfrutar, a caminhar. Mesmo em meio a severas dificuldades.

A acomodação é um destino certeiro, se nós, humanos teimosos, não percebermos que é preciso criar e recriar....Criar histórias, recriar momentos. Não deixar que a velha e boa paralisia vivencial nos deixe sentados a espera de nada, olhando para lugar nenhum...

O que existe dentro de nós, o que foi soprado no nosso interior é muito raro e por demais especial para que nos acomodemos a uma vida sem intensidade.

O passado é importante e nos deu de presente uma história. História esta que, independente da sua escrita, é a nossa raiz, é o que nos liga ao mundo, é a base de tudo o que queremos construir.

Uma base que também deve ser vista dentro de várias percepções, e que precisa se revista nas suas emoções, nas suas marcas.

Os padrões não precisam ser repetidos, prinipalmente quando trouxeram dor. Eles devem sim, servir de base para novas histórias, histórias reinventadas. Estas sim, valem à pena. E quem sabe, a partir delas, a liberdade, o entusiasmo e a espontaneidade sejam os pontos mais fortes e se desdobrem em espetáculos de vida!

"O importante não é o que fizeram com você, mas o que você faz com o que fizeram com você!" Jean Paul Sartre

Adoecemos

Adoecemos quando não vemos saída
Quando a dor nos imobiliza
A ponto de não mais termos esperança
De não mais enxergarmos opções de enfrentamento
Outras formas, outras percepções.

Adoecemos quando a dor se mantem fechada
E não gritamos que está doendo
Não nos mexemos, não esperneamos
Não temos coragem de assumir
De pedir ajuda, de seguir em frente

Adoecemos quando o que herdamos nos aprisiona
De tal forma que não podemos pensar diferente
Não podemos agir de outro modo
Quando a gaiola se torna tão invisível
Que nem mais sentimos falta da liberdade.


A vida nos mostra que há outros caminhos a trilhar
E que a gaiola é pequena demais pra tudo o que somos
Para tudo o que ainda seremos.
Simplesmente não cabemos dentro dela.